27 novembro 2005

OS "SEM"....

Não quero criar polêmica, mas entendo, Amadas Crianças, que temos que parar e refletir sobre fatos que direta ou indiretamente atingem nossas vidas, inclusive não só no presente como também futuramente.
Comecemos pelos “Sem-Terras”. Não entendo como justo a doação de terras para uma parcela da população, pelo simples pretexto de uma aludida reforma agrária. Porque que alguns tem direito de receber e outros não? Nossa Constituição é clara: “...todos são iguais perante a lei”. Ora se o Estado dá um lote de terra para um brasileiro, todos os outros tem o mesmo direito. Portanto estou esperando o meu lote.
Os Sem Teto também se enquadram na mesma situação, não existe nenhum fato que possa definir A ou B com direito diferente de outros pela doação de casa, moradia.
Os recursos que o Estado utiliza para fazer paternalismo é oriundo do nosso trabalho dos nossos impostos, portanto temos que “sustentar” esta parnafenália de “assistencialismo” por parte de nossos governantes para os mesmos permanecerem no poder.
Tudo que o Estado diz como “fornecedor” provem do povo.
Um exemplo que costumo utilizar para melhor exempleficar o ridículo que nossos legisladores em conlúio com o poder executivo fazem para se passarem por preocupados com o povo é o Vale-Transporte e todo sistema de pagamento das passagens do sistema coletivo. Parte do Vale-Transporte é pago pelas empresas e a outra pelos empregados. Os idosos, deficientes são isentos, estudantes pagam ½ passagem. O Governo não entra com nenhum centavo e se entrasse o dinheiro seria nosso (impostos). Reacapitulando, os trabalhadores tem parte de sua passagem subsidiada pelo empregador, estudante só paga meia, idosos isentos, quem é que paga então, pois as empresas de transporte não são entidades filantrópicas. Pode parecer estranho, mas quem mais paga pela passagem são os desempregados não estudantes, pois não tem subsídio de lugar nenhum.

Aproveitando quero também apresentar mais um fato que está se tornando rotina sob os olhares benevolentes do Estado. Qualquer movimento reinvidicatório se sente no direito de bloquear rodovias, invadir prédios públicos e privados, fazer saques e o poder instituído que deveria evitar e combater este “terrorismo” nada faz. E o cidadão honesto e trabalhador que sustenta toda esta “corja” como é que fica? O seu direito de ir e vir?

Gostaria e muito de saber aonde estão pretendendo chegar nossos governantes. Se alguém tiver alguma idéia, por favor não se constranja e me diga. Tudo isto faz me lembrar um governante na Antiga Roma: “Dê pão e circo ao povo que governarás tranquilo.”

Em breve vamos comentar sobre as quotas para negros nas Universidades. Chega de assistencialismo.

Carinho e beijos Amadas Crianças.
P.S. Qualquer hora desta eu conto como é que fiquei torcedor do Corínthians

Posted by Miro @ 18:45
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05 novembro 2005

AUSÊNCIA

Ausência



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces.
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada.
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
(Vinicius de Moraes)

Posted by Miro @ 23:49
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Local: Esteio, RS, Brazil
"Se alguém te perguntar o quiseste dizer com um poema, pergunta-lhe o que Deus quis dizer com este mundo..." (Mário Quintana)

CIÚMES
"Que incoerência, que insistência
Ciúmes do meu corpo da adolescência
De minha alma, que o tem da experiência
Que o corpo tem de vivência.
Vá entender esta impertinência"
(Miro)