11 novembro 2007
O poder da motivação
Rogerio Martins
Certamente você conhece, trabalha ou convive com alguém que já acorda de mau humor e passa assim todo o dia. Quando você pergunta o que houve, escuta uma resposta grosseira. É impressionante como existem pessoas que se levantam pela manhã já desmotivadas. Parece que suas vidas são um grande fardo a ser carregados diariamente e nunca encontram prazer no que fazem ou com quem interagem.
Isso me lembra a história de Atlas. Segundo a mitologia grega, Atlas era um dos titãs que, junto com seus irmãos, lutou contra Zeus (deus dos deuses) pelo controle do Olimpo. Derrotado, Zeus o condenou a ficar sustentando o céu sobre os ombros, mantendo-o assim separado da terra. Por facilidade de representação, contudo, os artistas preferiram figurá-lo com o globo terrestre nas costas. Enfim, são os verdadeiros chatos de plantão. Tudo para eles é ruim e se ainda não está, certamente ficará. Baseiam-se nas consagradas leis de Murphy que pregam que se algo pode dar errado com certeza dará. São aqueles que sempre têm uma doença nova para contar ou uma desgraça para alardear. E por isso sempre estão doentes. Vivem desanimados, cansados e desistem logo nos primeiros obstáculos. São classicamente conhecidos como pessimistas.
Por outro lado, você também deve conhecer tantas outras pessoas que vivem na mesma cidade, trabalham no mesmo local, convivem com essas mesmas pessoas e transbordam simpatia, alegria, energia e vibração. Parece que desenvolvem a melhor atividade profissional do mundo, têm os melhores amigos e sempre se dão bem em tudo aquilo que fazem. São essencialmente otimistas. Quase nada tira a alegria dessas pessoas. Muitas vezes elas geram até inveja nos pessimistas, mas ainda assim não se dobram facilmente para as adversidades. Qual o segredo?
Antes de responder sobre o segredo dessas pessoas, vale lembrar que ainda temos um terceiro padrão de comportamento que se reflete na maior parte das pessoas: o meio-termo - normalmente caracterizado por aqueles que não esbanjam otimismo o tempo todo, mas também estão longe do estado natural do pessimista. Oscilam seu temperamento e sofrem com as variações do meio. Chamo de "pessoas em transição".
Agora sim! Como, então, transformar uma pessoa pessimista e em transição num otimista? A resposta é simples: atitudes positivas diante da vida e motivação. A prática é mais difícil, mas vou passar algumas dicas de como fazer. Segundo pesquisa realizada por uma renomada universidade americana, os pessimistas vivem sete anos menos que os otimistas. Até nisso vale a pena refletir sobre nossa forma de encarar a vida. O grande fator de transformação pessoal é a capacidade de encontrar a motivação e praticá-la em seu dia-a-dia, que aqui chamo de O PODER DA MOTIVAÇÃO!
Para entender melhor o poder da motivação, é importante compreender um princípio básico sobre o comportamento humano e os fatores motivacionais: a motivação é como um iceberg! Esta é uma premissa que norteia todo o conceito de motivação. Mas porque um iceberg? Justamente porque o grande bloco de gelo possui cerca de 80% de sua massa submersa na água, não sendo visível. A outra parte que fica exposta, bem menor, metaforicamente representa o meio em que vivemos e as pessoas com quem convivemos. Bem, creio que já deu para entender que comparando a motivação com o iceberg, a parte mais representativa para estarmos motivados depende de nós.
A parte que nos cabe, para estarmos motivados, é a dos 80%! As outras pessoas, a empresa, a chefia, a sociedade, a família e tudo que nos cerca têm menor influência em nossa motivação do que a capacidade de ação e reação de cada pessoa. Motivação tem a ver com querer fazer, com vontade, com interesse, com iniciativa e isso depende mais de você do que dos outros. Por isso, é comum vermos pessoas em ambientes espetaculares e desmotivadas. Outros com tantas possibilidades de ser feliz, mas ainda assim desanimados. Criam uma expectativa maior no que está em volta e esquecem que o grande fator desencadeador da motivação está na própria pessoa. Ninguém será capaz de motivar alguém a aprender um idioma, se esse não tiver interesse ou necessidade de aprender. Isto é um fato!
Sendo assim, o poder da motivação reflete-se através de atitudes que temos diante da vida, ou seja, como cada um lida com as situações. Na verdade, o que interessa a cada pessoa. Costumo lembrar aos participantes das palestras que realizo sobre este tema, que todos temos duas escolhas para fazer quando acordamos: "farei do dia de hoje um bom dia ou um mau dia?". Esta é uma decisão que tenho de tomar diariamente. Esta outra premissa - o poder de escolher seu destino - pode ser estendida para todos os aspectos de nossas vidas: "farei meu trabalho hoje com interesse e dedicação ou sem vontade e de qualquer forma, arriscando ser demitido por isso?"; "tratarei as pessoas com quem convivo com educação e carinho, sem nada esperar em troca ou agirei com indiferença, como se elas não existissem?"; "buscarei uma nova oportunidade na empresa em que trabalho ou até mesmo no mercado, ou continuarei fazendo o que não gosto apenas porque preciso?". Dê uma chance para você!
Contudo, é importante ressaltar que toda escolha leva a conseqüências. O resultado de cada escolha pode ser um risco ou uma oportunidade, pode-se ter perdas ou ganhos. Isso me faz lembrar da história de um general que colocava aos presos, sentenciados à morte, uma chance de escapar do pelotão de fuzilamento: a porta negra. Certa vez, um soldado intrigado com o fato de que todos os condenados ao se depararem com a decisão final de enfrentar o pelotão de fuzilamento, ou passar pela porta negra, escolhiam o fuzilamento, perguntou ao general:
- Senhor, por que ninguém escolhe passar pela porta negra? Afinal, o que há atrás dela?
O general disse para que o soldado conferisse, ele mesmo, o que havia do outro lado. A grande surpresa: a saída do presídio. Ao que o general completou:
- O ser humano prefere aquilo que conhece, mesmo que represente seu final, ao desconhecido, temendo o risco de algo que não saberá como enfrentar. E você está preparado para assumir as responsabilidades de suas escolhas? Isso também tem a ver com motivação!
A pessoa que usa o poder da motivação não tem medo dos riscos, pois sabe que a capacidade de reverter as situações mais difíceis depende mais dela do que do meio - lembre-se do iceberg. O indivíduo que acredita no seu potencial motiva-se para superar as dificuldades. Um dos casos mais célebres é a história de Thomas Alva Edison. Considerado um dos maiores inventores da humanidade, enfrentou muitas vezes o descrédito da sociedade sobre seus inventos. Teve diversos fracassos, mas nem por isso desistiu. Sempre acreditou em sua capacidade, era uma pessoa motivada e transmitia isso para seus auxiliares e discípulos.
Lembre-se que por mais forte que sejam as pressões externas, elas representam apenas 20% da sua capacidade de estar motivado. Apoiar-se mais nos motivos externos certamente levará à frustração e à desmotivação. Acredite mais em você! Busque seus sonhos! Traga sua motivação para fora! Desperte o interesse escondido que habita dentro de você! Seja mais feliz agindo com entusiasmo! As pessoas gostam de pessoas otimistas, alegres e motivadas, ou você conhece alguém que escolheu um derrotado e pessimista para viver junto? Abrace as oportunidades e, melhor ainda, crie as oportunidades! Quando se usa o poder da motivação é possível inventar as chances de ser feliz, assumindo os riscos e indo em direção aos seus objetivos.
Carinho e beijos, uma bela e radiante semana para todos.
Posted by Miro @ 22:30
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13 outubro 2007
Erro humano...
Mais uma vez o noticiário apresentou uma tragédia em nossas estradas. Quem sabe nem todos ficaram sabendo pois isto está se tornando tão normal que já começa a passar desapercebido. Mas o mais grave é que ninguém, ninguém mesmo, e aí relaciono políticos, governantes, autoridades e nós mesmos, fazemos qualquer coisa para que põa-se um fim neste morticídio que ocorre em nossas estradas.
Como ocorrido nos acidentes aéreos fica muito mais fácil colocar a culpa nos motoristas e depois de alguns discursos eleitoreiros deixar isto assim mesmo. É claro que governadores, deputados, senadores vão ter que se dar o trabalho de ir visitar os feridos em hospitais e consolar os parentes das vítimas.
Gostaria que aqueles que me leem tentassem seguir o meu raciocínio, pois sei que sou um pouco complicado.
Vejamos o seguinte:
1. Nossas estradas são realmente seguras? Aonde está o dinheiro arrecadado em tantos impostos específicos para esta finalidade? E as estradas que foram doadas para a iniciativa privada cobrar os mais altos pedágios do mundo? Lembre-se quando da privatização da nossa free-way? Simplesmente triplicou o valor do pedágio e a concessionária apenas pintou faixas para dividir em tres as duas pistas. Antes era multado o motorista que ultrapassava pelo acostamento, agora estava legalizado.
2. O mesmo aplica-se para nossos aeroportos, aonde estão os investimentos para dar maior segurança aos nossos voos. Aonde estão este monte de secretarias, agências, etc, que deveriam estar fiscalizando a segurança de nossos passageiros, motoristas, pilotos, brasileiros?
3. É muito fácil traduzir estas tragédias na conclusiva afirmação: “Erro humano”. Mas pergunto para vocês? Erro humano de quem? Dos atravessadores do nosso transporte rodoviário que suga até a última gota de sangue (não é figura de linguagem, é no sentido literal mesmo) dos nossos camioneiros que se obrigam a enveredar por estas estradas inseguras a base de “rebites” para poder cumprir horários e pagar pedágios, impostos, propinas (por favor, não venham com a conversa que isto não existe!!!) e quando sobra o sustento da família.
4. Será que o local do acidente foi devidamente sinalizado pelas autoridades que estavam no local? Por que pergunto isto? Pois o que também falta em nosso país é investimento não só em educação, mas em reciclagem, nossos motoristas, policiais rodoviários, pilotos, precisam passar periodicamente por processos de atualização e avaliação de suas atividades.
5. E não tomando mais tempo de vocês, pois esta conversa iria longe demais, quando que nossos governantes vão deixar de procurar seus interesses e iniciar um processo firme de implantação de uma malha ferroviária em nosso país. Isto iria desafogar não só o sistema rodoviário, mas o aeoroviário também. Para isto acontecer, não precisaria aumentar impostos, apenas “desviar” o dinheiro da corrupção para esta finalidade e ainda sobraria bastante para saude e educação.
6. Enquanto isto não acontecer alerto a vocês que se cuidem, pois se por acaso (aliás, não tão acaso assim) forem assaltados e levarem um tiro, provavelmente serão processados pelos meliantes por estarem na frente do revólver quando eles atiraram. Erro humano!!!
Carinho e beijos
Miro
Posted by Miro @ 19:17
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12 outubro 2007
DIA DAS CRIANÇAS
MINHAS CRIANÇAS!!!!!!
COMO DE COSTUME, NESTE DIA VENHO REPETIR O QUE SEMPRE DESEJO PARA VOCÊS:
“QUE TODOS OS SONHOS SE REALIZEM, E QUANDO ISTO ACONTECER, QUE SE CRIEM NOVOS.... SE NÃO REALIZADOS, MANTENHAM-SE OS SONHOS SEMPRE VIVOS.
SER CRIANÇA É MANTER SEMPRE VIVOS OS SONHOS E A ALMA SEMPRE PURA. SER CRIANÇA É SER FELIZ”.
PARABÉNS E SEJAM FELIZES.
CARINHO E BEIJOS
MIRO
Posted by Miro @ 10:45
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06 outubro 2007
PACIÊNCIA OU FREECELL ?????
Reescrevendo....
Minhas Crianças
Faz algum tempo, dissertei sobre dois jogos que existem em qualquer PC (e quem não os jogou?) a PACIÊNCIA e o FREE CELL.
O jogo de Paciência (como o nome mesmo diz), requer muita paciência para atingir o objetivo, o que nem sempre é possível, pois as combinações possíveis das cartas muitas vezes não permitem a continuação do jogo, impede o jogador de atingir o seu objetivo.
Já o FREECELL requer também uma dose de paciência, entretanto sempre existe uma solução, independente da combinação de cartas. Existe a possibilidade de reiniciar o jogo até atingir o objetivo.
Como seria bom se em nossa vida tivéssemos a certeza de alcançar nossos sonhos e ideais assim da mesma maneira que o FREECELL nos permite. Reiniciaríamos tantas vezes quanto necessário o jogo da vida. Teríamos o consolo em cada derrota que bastaria dar um clique no reiniciar e assim abriria mais uma oportunidade de vencermos.
Mas sabemos que não é assim e muitas vezes nos deparamos a indagar: Porque? Sim porque muitas vezes nossos esforços são totalmente em vão?
São desígnios do Patrão Velho lá de “riba”, com certeza Ele faz o melhor caminho para nós, as pedras, os espinhos, a relva, flores, tudo é colocado na medida e no tempo certo em nossa vida. Para quem já leu Eclesiastes, “...há tempo de plantar, há tempo de colher.”
Tá certo, sei bem que em minha vida nunca terei a certeza que que a “partida” do jogo que estou iniciando será a que ganharei, que serei vencedor, assim como FREECELL, mas peço ao Patrão Velho que me dê a virtude necessária da PACIÊNCIA para continuar jogando este maravilhoso jogo da vida.
Amo muito vocês, um excelente findi e uma maravilhosa semana, repleta de luz, amor, paz e paciência (nunca é demais),
Carinho e beijos
Miro
Para refletir:
"Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência."
(Rui Barbosa)
Posted by Miro @ 18:16
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23 setembro 2007
VIVER NÃO DÓI
Carlos Drummond de Andrade
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadase não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrerpelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendoconfiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.Como aliviar a dor do que não foi vivido?A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.O sofrimento é opcional
Carinho e beijos e uma maravilhosa semana....
Miro
Posted by Miro @ 20:26
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22 setembro 2007
De volta à normalidade... ANORMALIDADE?????
Bem Minhas Crianças, passados os arroubos de civismo, Semana da Pátria, Semana Farroupilha, voltemos a normalidade (?!?!?!). Com palavras do Bob e música do Led, tenho a desejar a todo mundo (aos que me amam e que me odeiam, estes últimos acho que em maior número) um excelente findi e uma radiante semana. Carinho e beijos, beijem muito e não se comportem.Miro
Posted by Miro @ 02:34
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20 setembro 2007
"...povo que não tem virtude,..."
Hino Rio Grandense, sempre atual, leiam com bastante atenção e vejam que o autor (Francisco Pinto da Fontoura - vulgoChiquinho da Vovó) na época foi bastante feliz.Antes que alguém venha me criticar, coloquei de propósito a segunda estrofe (Entre nós revive....), sei que ela foi suprimida quando da oficialização do mesmo.
Hino Riograndense
Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
precursor da Liberdade.
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia, injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
Entre nós revive Atenas
para assombro dos tiranos;
sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos.
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia, injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo;
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia, injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
E viva a República Rio Grandense e que se mantenha sempre viva entre nós a garra dos Farrapos.Carinho e beijosMiroObs. Acessem o link ao lado do blog Só para Mulheres, estou prestando uma homenagem especial a uma grande heroína.
Posted by Miro @ 11:56
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16 setembro 2007
REPÚBLICA RIO GRANDENSE
Para aqueles e aquelas que me conhecem bem, tinham certeza que eu não deixaria de passar "em branco" a Semana Farroupilha. Quem sabe num futuro próximo o sonho de Bento Gonçalves se realize e aconteça o que está escrito em nosso brasão: República Rio Grandense.
E para refletirmos um pouco letra da música (belo chamamé) "Peão Farrapo" que é interpretado pelos Garotos de Ouro.
"Ali vem um desses tauras
Que no calor das refregas
Forjou-se sobre o cavalo
Teve a pampa como escola
A lança, espada, pistola
E o tino para guiá-lo
Não sendo o dono da terra,
Peleara como se fosse
O senhor da sesmaria
Esquartejando horizontes
Redesenho mil confronte
Nas épocas mais bravias
E vai esta rude estampa
Mescla de raiva e carinho
Prá puras abrindo caminhos
Que a liberdade é um chamado
Que a liberdade é um chamado
Num ajuste fraticida
Em contas que nem são suas
Verdades galopam nuas
No pago sem desfolhar
Vai ser um diacho lá diante
Talvez a morte levante
Num canto num descampado
Por sorte lhe sobre a vida
E as cicatrizes sortidas
De um direito conquistado
E no “decênio cruento”
Lhe resta o tempo de ausento
Lições para ser repensadas
Quem sabe o futuro entenda
Que se resolvam contendas
Noutras formas de pelear"
Carinho e beijos e plagiando o Romera um abraço do tamanho do Rio Grande para todos os gaúchos e gaúchas de todas as querências (que falta de criatividade, agora plagiou o Nico Fagundes).
Posted by Miro @ 08:34
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09 setembro 2007
Carta ao Didi
No embalo de patriotismo e civismo pela Semana da Pátria, publico abaixo uma carta que recomendo uma leitura criteriosa sem é claro deixar de dar os parabens a Sra. Eliane Sinhasique.
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).
Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária. Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não tem a educação como prioridade. O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é "o cara". Ele tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família. Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais.
Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando...
Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro.
Se você mandar, serei obrigada a ser mal educada: vou rasgá-la antes de abrir.Parabéns Eliane e agradeço a mana Suzete e ao mano Kakaw pelo envio desta carta.Carinho e beijos e uma excelente semana para todos.
Posted by Miro @ 21:29
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06 setembro 2007
Semana da Pátria
Precisava deixar registrado minha homenagem a este maravilhoso país que o Patrão Velho nos deu para viver. Muitos acham ruim o país, ledo engano, é o melhor país do mundo. Portanto na Semana da Pátria, nada mais apropriado de vestirmos verde-amarelo e fazer a nossa parte.Carinho e beijosMiro
Posted by Miro @ 00:17
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